segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dia da mensagem: “Quem é Jesus? Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo!” (Mt 16.13-20)


Tema: “Quem é Jesus? Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo!” (Mt 16.13-20)

Das palavras do Evangelho, gostaria de destacar os seguintes versículos: “E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? – perguntou Jesus. Simão Pedro respondeu: - O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.” Que o Espírito Santo nos ilumine para que possamos compreender e meditar sobre a sua santa Palavra. Amém.

Estimados leitores, hoje eu gostaria de fazer algumas perguntas a vocês: Qual a foi a pergunta que você considera ter sido a mais importante já feita pra você? Com certeza agora você deve estar pensando nisso. Conseguiu se lembrar?

Pra mim já fizeram muitas perguntas interessantes: De onde você é? Qual a sua idade? Qual time você torce? Você tem namorada, ou gosta de alguém?

Mas a pergunta que eu considero a mais importante ninguém nunca fez. Por isso, eu faço essa pergunta a você: Quem é Jesus Cristo pra você?

Quem é Jesus para você? Quem ele é para mim? Qual é o espaço que ele ocupa em nossa congregação? Esta é a pergunta central e decisiva em torno da qual se movimenta a espiritualidade pessoal e da congregação como um todo.

No texto bíblico que acabamos de ouvir, Jesus pergunta o que o povo em geral diz a seu respeito: "Quem diz o povo diz que Filho do homem é?" São diversas as opiniões que os discípulos passam para ele: “Alguns dizem que o senhor é João Batista.” É preciso lembrar que João já havia sido decapitado por ordem de Herodes. Assim, Jesus poderia ser aquele mesmo que chamava ao arrependimento, tendo ressuscitado da morte.

Para um segundo grupo Jesus seria Elias. Também a volta deste profeta, que vivera muito tempo antes, era esperada. Ainda outros imaginavam que Jesus poderia ser Jeremias ou algum outro profeta. Para o povo em geral, Jesus era um profeta, mas com tal força, que só podia ser um profeta do passado ressuscitado, ou melhor, a força daquele profeta estaria sobre Ele.

Jesus já tinha dado demonstrações do seu poder: curou enfermos, multiplicou pães, acalmou tempestades. Também a autoridade que demonstrou ao ensinar, deve ter chamado a atenção do povo em geral.

Temos também os fariseus que consideravam Jesus como um beberrão e comilão, que ainda por cima, se sentava a mesa com pecadores e publicanos. A santidade pregada e pretendida pelos fariseus não permitia isto. Os escribas, que se julgavam altos conhecedores da Lei de Deus, o consideravam um iletrado, tanto que junto com os fariseus participaram das armadilhas para tentar fazer com que Jesus afirmasse alguma contradição.

Os saduceus, outro grupo de judeus, o julgavam um lunático, uma pessoa cujas as ideias nem mereciam ser discutidas. Alguns simpatizantes o colocavam mesmo entre os grandes filhos de Israel, mas não passavam disto.

Também, hoje a situação não é muito diferente. Jesus de Nazaré é visto como uma das figuras mais importantes da humanidade. É um marco na história, tanto que os anos no Ocidente são contados tendo como marco o seu nascimento. É o calendário oficial do mundo.

Muitos cientistas tentam de diversas formas desmistificar a pessoa de Jesus de Nazaré. Há mesmo teólogos, que se consideram cristãos, fazendo afirmações absurdas sobre a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Querem analisar a Jesus de Nazaré sem os olhos da fé.

Para o mundo como tal, Jesus é considerado um grande profeta. Os mulçumanos o veem assim. Os espíritas veem a Jesus como um grande médium, o governador deste mundo, ou melhor, do Planeta Terra. Outros grupos veem a Jesus como um filho espiritual de Deus, ou seja, uma criatura especial de Deus. Outros ainda o veem como um grande vulto da humanidade, colocando-o na mesma importância que Buda, Confúncio, Maomé, Ghandi, etc.

Outros ainda procuram atacar e tirar-lhe a sua condição de Filho de Deus, salvador da humanidade. Entre estes, estão infelizmente os judeus, que ainda estão aguardando a vinda do Messias que Deus prometeu a Adão e por meio dos profetas.

Quem é Jesus?

Jesus também dirige hoje a cada um de nós aqui presentes, a pergunta que fez aos seus discípulos: “E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?” ou melhor ainda, “Mas você, quem diz que eu sou?” pois a resposta a esta pergunta não é por grupo, mas é individual, de cada um aqui presente e de forma pessoal e individual.

Pedro respondeu: “O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Parece uma resposta simples. Aparentemente nenhuma novidade. Dizemos: Jesus Cristo, Filho de Deus. Só que, na situação em que Jesus e os discípulos se encontravam, aquela era uma afirmação fora de série. Depois da pergunta do rei Herodes, no capítulo 2, quando da visita dos magos, (“onde o Cristo deveria nascer”), e de algumas referências que o evangelista faz ao Cristo ao longo do seu texto (Mt 1.1,16,17,18; 11.2), esta é a primeira vez que, em Mateus, alguém pessoalmente fala que Jesus é o Cristo. E quem diz, em nome de seus colegas todos, é Pedro.

Jesus é o Cristo, o ungido, o escolhido de Deus, que havia sido prometido ao longo de todo o Antigo Testamento. Meio sem querer, querendo, Pedro acertou em cheio. Ele percebeu alguma coisa que poucos mais puderam perceber: Jesus é o Cristo. Só que o termo “Messias/Cristo” era problemático, pois tinha um forte componente político. Era falar Messias que as pessoas já pensavam logo em armas e guerra. Por isso, ao final dessa conversa no meio daquele retiro, Jesus ordenou que seus discípulos não contassem a ninguém que ele era o Messias.

Quem é Jesus? “O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo”.

Se for esta a nossa sincera e convicta resposta, seremos então bem-aventurados, pois Jesus também estará nos dizendo: “você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu”. Ninguém pode dizer “Senhor Jesus” se não for pela ação do Espírito Santo.

Reconhecer a Jesus de Nazaré como o Messias, o Filho de Deus, o Salvador da humanidade não é algo que provem do ser humano. O ser humano é incapaz deste ato, pois a sua natureza está manchada pelo pecado e portanto é inimigo de Deus. A revelação que Jesus é o Salvador vem somente através da ação do Espírito Santo.

É interessante notar o ambiente geográfico no qual Jesus fez a pergunta fundamental para os seus discípulos. Em Cesaréia de Felipe havia um templo construído com mármore em honra a César, ou seja, o culto ao imperador difundido por todo o Império Romano.

Também, próximo a este templo, havia uma gruta onde acontecia a adoração ao deus grego Pan. Jesus se encontrava num ambiente marcado pela idolatria, onde pede aos seus discípulos a confissão de fé nEle como o Salvador, o Filho do Deus vivo, o Messias prometido.

Jesus não aceita meio-termo: ou é ou não é. Achar que Jesus é um grande vulto da história, um grande profeta, o governador da Terra, não é reconhecê-lo como Senhor e Salvador. Portanto é estar contra Ele e buscando outros caminhos, que homens criaram para tentar chegar até Deus.

“Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo.” Jesus é o Deus que vive, que esteve entre as pessoas, que se tornou um ser humano. Ele não é um deus de pedra (como os gregos e romanos adoravam), um deus morto, uma estátua. Ele é Deus que vive em nós. “Jesus é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós.” É Deus que se preocupa com suas criaturas, e que vem até nós, pecadores perdidos e condenados, e nos resgata da morte e do poder do diabo e nos dá a salvação e a certeza da vida eterna.

“Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo.” É sobre esta confissão de fé que a igreja de Cristo se ergue. É a pedra fundamental, pois sem esta a igreja não existiria. Ver em Jesus de Nazaré qualquer outra coisa que não seja o Filho de Deus que traz a salvação é transformar o cristianismo num mero movimento ideológico.

Ter a Cristo como pedra fundamental da igreja é ter a certeza do perdão dos pecados e da salvação. Após a confissão de Pedro, Jesus dá a base para a igreja; “Eu lhe darei as chaves do Reino dos Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu”.

Aqui não se trata de poderes especiais dados a Pedro, mas sim da igreja, poderes dados não somente aos pastores ou aos missionários, mas a todos os cristãos, pois o fundamento da igreja não é Pedro, mas a fé que antes professou. A igreja cristã não se ergueu tendo a pessoas como fundamento, mas sim a fé que o Espírito Santo despertou nestes corações.

Note-se bem! Este poder não é para fixar doutrinas, pois estas já estão manifestas na Palavra de Deus. A igreja existe para pregar a Palavra de Deus de forma pura e clara e administrar os santos sacramentos conforme a ordem bíblica. Em outras palavras, a igreja, ou seja, existe para transmitir a graça de Deus e o perdão dos pecados para aqueles que creem em Jesus como o Salvador. E como isto é feito? Jesus deu a chave a todos os cristãos. E que chave é esta que o texto está falando? Esta chave é o próprio Cristo, a fé que confia somente nEle, porque é somente através dele que podemos ter acesso aos céus.

E para que outras pessoas possam ter acesso a esta chave que nós temos, precisamos criar mais cópias desta chave, e assim nós o fazemos quando testemunhamos de Cristo para aqueles que ainda não o conhecem. Uma maneira muito simples de fazer isto é perguntar para as pessoas aquela pergunta mais importante: “Quem é Jesus Cristo para você?” Esta é uma oportunidade também que você terá de testemunhar que pra você, “Jesus é o Cristo, o Messias, o nosso Salvador.”

Também este confessar a Jesus como o Salvador traz as consequências. O mundo, que vê Jesus de Nazaré de outra maneira, não compreende está fé e persegue das maneiras mais sutis ou mesmo de declarada os cristãos. O sofrimento faz parte da vocação cristã. Enquanto o mundo inteiro não se render, pela ação do Espírito Santo, a Cristo Salvador, o sofrimento fará parte da vida do cristão.

Assim sendo, estimados leitores, a nossa missão é testemunhar a Cristo e sem medo, pois temos a sua promessa: “e nem a morte poderá vencê-la”. É com esta certeza que continuaremos na nossa missão de sermos testemunhas de Jesus de Nazaré e poderemos dizer em alta voz para quem quer que seja: “Jesus é o Cristo, o Messias, o nosso Salvador”. Amém

Tenham todos uma ótima semana com a bênção de Deus.

MIX.

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