segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dia da mensagem: Pentecostes – At 2.1-11

O dia 26 de maio de 2011 entrou para a história do Brasil e do mundo. Nessa data, mais precisamente às 16h, foi alcançada a marca mundialmente inédita de 100 milhões de Bíblias produzidas pela Gráfica da Bíblia, existente desde 1995, em Barueri (SP). A bíblia que nós temos aqui na igreja, se vocês olharem na segunda página bem em baixo, verão que ela também foi impressa nesta gráfica.
A Gráfica da Bíblia mudou o conceito de produção de Bíblias no País e tornou-se referência nacional e internacional. Hoje, ela é o maior centro produtor de Bíblias do mundo. Dos 100 milhões de Bíblias produzidos em 16 anos, 23 milhões serviram para abastecer 105 países. (Fonte: www.100milhoesdebiblias.com.br). A Gráfica da Bíblia em parceria com a Sociedade Bíblica do Brasil, produz diversos tipos de bíblias, em 17 idiomas. E buscando atingir as mais diversas línguas e linguagens, a SBB, também produz bíblias com linguagens diversas, temos a bíblia do jovem, a bíblia da mulher, a bíblia da esposa, a bíblia da criança. Diversas formas de levar a Palavra de Deus para as pessoas, em diversas línguas, com o propósito principal de levar as pessoas à fé no Salvador Jesus Cristo.
Assim, também lembramos do acontecimento maravilhoso ocorrido no dia de Pentecostes: homens, de diferentes etnias e nacionalidades, que falavam diferentes línguas, tiveram a oportunidade de ouvir o Evangelho de Jesus Cristo em sua língua materna. O Apóstolo Pedro fez um discurso forte, emotivo, e cerca de três mil pessoas foram batizadas naquele dia. Cabe destacar que a ênfase do Pentecostes não está no dom de línguas, no fato de os discípulos de Cristo falarem em línguas diversas. O fato principal do Pentecostes é a obra de Deus Espírito Santo: ensinar todas as coisas e fazer com que todos os ensinamentos de Cristo sejam sempre lembrados. Em resumo: a obra para o qual o Pai enviou o Espírito Santo é criar a fé nos corações das pessoas e manter esta fé, por meio da palavra.

A festa de Pentecostes já era celebrada nos tempos de Jesus, como vemos no livro de Atos, no início do capítulo 2. Pentecostes, historicamente, era a Festa das Semanas, ou das Primícias. Era celebrada 50 dias depois da Páscoa. Era uma festa muito importante para os judeus, pois era a festa da colheita, quando as primícias da ceifa de trigo eram trazidas ao Senhor. Agradecimento e esperança de boas colheitas para o futuro era o que estava na mente daqueles que dela participavam. Mas não somente isso, também era uma ocasião de comemoração, renovação da Aliança feita por Deus com o povo de Israel.
No culto de hoje, domingo de Pentecostes, Deus quer lembrar a promessa da companhia e ajuda do Espírito Santo à sua igreja na terra. A vinda do Espírito Santo tem como objetivo acompanhar e ajudar a igreja, os cristãos, em suas dificuldades, aflições, tristezas e, principalmente, na pregação do evangelho. Para nós cristãos, o Pentecostes se tornou a confirmação da Nova Aliança, onde a base é a Graça de Deus, revelada no nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo Jesus, em favor e em lugar da humanidade afastada de Deus. Porque o Consolador prometido por Jesus veio e estará sempre com a Igreja, assim temos a certeza de que haverá boas colheitas até o final dos tempos.
Para realizar sua obra, o Espírito Santo pode fazer uso de diferentes dons, e o dom escolhido pelo Espírito Santo para realizar sua obra no Pentecostes foi o dom de línguas. Eles falaram em outras línguas, pois assim conseguiram atingir a todos os peregrinos com a pregação da Palavra, “cada um em sua própria língua materna”, e assim ficou claro que Deus estava se dirigindo individualmente a cada um deles.
Este dom de falar em outras línguas, tinha o objetivo, de que as pessoas compreendessem e entendessem, o conteúdo da mensagem em sua própria língua, e assim levassem esta boa notícia das “grandezas de Deus”, aos seus respectivos lugares de procedência. Porém algumas pessoas não queriam entender aquilo que lhes falavam, e zombavam dizendo: “Esse pessoal está bêbado!”. Todo ser humano, por natureza não aceita as coisas de Deus. Na explicação do Terceiro Artigo Lutero diz: “Creio que por minha própria razão ou força não posso crer em Jesus Cristo... mas o Espírito Santo me chamou pelo Evangelho.” Estas pessoas, mesmo escutando, mesmo compreendendo o que estava sendo dito, não queriam acreditar naquele belo testemunho.
E me parece que este problema de comunicação ainda existe hoje: mesmo pais e filhos, patrões e empregados, governo, políticos e o povo, falarem a mesma língua, não conseguem se entender. Falam a mesma língua, mas não falam a mesma linguagem.
Na família, por exemplo: os filhos dizem que os pais falam de coisas ultrapassadas, que não tem mais valor para estes nossos tempos. Os pais por sua vez reclamam que seus filhos não escutam seus conselhos.
E como igreja? Como anda a nossa "linguagem" como povo de Deus, agentes de Deus aqui na terra, para difundir sua obra? A nossa linguagem permite superar as diferenças sociais, as diferenças econômicas, até mesmo os conflitos religiosos?
Muitas pessoas se dizem incapazes de falar ao próximo sobre o Evangelho de Cristo, mas não se preocupam em buscar auxílio na Palavra de Deus, nos cultos e nos estudos. Esquecem que podem pedir o auxílio do Espírito Santo.
Se nosso Salvador significa algo para nós, então devemos, de uma forma ou outra reparti-lo com os outros. Mesmo que o Espírito Santo não se manifeste tão claramente como fez naquele dia, certamente Ele estará nos equipando como fez aquela multidão ali.
Se eu ou você tivéssemos em nossas mãos a cura da AIDS ou do câncer, e não repartíssemos isto com o mundo, as pessoas nunca nos perdoariam. Testemunhar o nosso Salvador é levar a cura, para quem mais necessita dela. É levar a notícia de que Deus compreendeu a nossa situação, e vem ao nosso encontro através de Seu Filho Jesus, que nos liberta da escravidão do pecado.
Hoje, dia dos namorados, as pessoas se preocupam em presentear aquela pessoa que tanto amam. Dar um presente é um sinal de carinho, de amor com o próximo, com o companheiro.
E para nós cristãos, qual foi o melhor presente que já recebemos? Neste dia de pentecostes, lembramos do maior presente que poderíamos ter ganhado, a fé. É o Espírito Santo quem chama o homem pelo Evangelho, o ilumina com seus dons, santifica e o conserva na verdadeira fé, através dos meios da graça, Palavra e Sacramentos. E este presente que nós ganhamos, ele pode e deve ser compartilhado com todas aquelas pessoas que ainda não conhecem o Evangelho da salvação em Jesus Cristo.
Peçamos ajuda a Deus Espírito Santo, que assim como iluminou os discípulos para que eles pudessem falar a língua de todos aqueles diferentes povos. Assim também a mensagem da salvação possa atingir os corações de todas as pessoas, para que elas possas receber o mais valioso presente, a fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, para a vida eterna. Amém.

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