Desastres, consequência ou castigo?

Os
seguidos desastres naturais e todos os prejuízos, que com eles vem num amargo e
triste pacote, parecem não serem mais novidades em nossos dias. É verdade que
chuvas fortes sempre fizeram parte da rotina de muitas cidades e regiões em
todos os tempos, porém, ultimamente as notícias têm deixado muita gente com o
pé na lama, contabilizando o que restou. Basta lembrar os estragos das chuvas
do início deste ano (2011) na região serrana carioca, com um saldo de quase 1.000
mortos; ano passado das cidades alagoanas e pernambucanas arrasadas; as quase 300
mortes no início de 2010, no litoral carioca; em 2008 as chuvas do Vale do
Itajaí, em Santa Catarina, que surpreenderam, onde não havia registros de
tamanha destruição. Sem contar da maior enchente de todos os tempos, em julho
passado no Paquistão ceifando mais de 1.700 vidas e mais de 3 mil na China. Em
janeiro a Austrália teve uma área maior do que a França e a Alemanha juntas alagadas.
Diante de tantos números, seriam estes desastres naturais consequência ou
castigo?
De acordo
com pesquisas científicas, publicadas na última semana, é preciso olhar para um
provável futuro mais devastador e estar prevenido. Segundo pesquisadores, o
conjunto de gases do efeito estufa está mudando e muito o clima, com
tempestades mais frequentes e intensas. Deixam o alerta: quem planeja construir
ou reformar, precisa considerar a possibilidade de serem reincidentes tais
desastres.
Aos
céticos ou não, o fato é: poucos parecem se preocupar. Não há estrutura, não há
fiscalização, não há educação, não há limites. Se a chance de ocorrer entre 20%
e 90% mais enchentes, conforme pesquisa da Universidade de Oxford, deveria no
mínimo mobilizar cada cidadão, órgão fiscalizador, governo, a se prevenirem,
evitando-se maiores prejuízos.
Se para
cada catástrofe o único culpado é o Criador, então falta conhecimento e razão,
somos péssimos administradores dos recursos e sabedoria que Ele nos concedeu,
afinal “as misericórdias do Senhor, são a causa de não sermos consumidos, porque
as suas misericórdias não têm fim, renovam-se cada manhã” (Lamentações
3.22,23). Misericórdia significa que Deus não permite que soframos o castigo
pelo mal que cometemos. Assim sendo, também não nos exime a responsabilidade de
tomarmos decisões em prol do hoje e das gerações que estão por vir. Antes de
sofrermos as sequelas, de nossos mal pensados atos, o bom seria construir casas
e vidas sobre algo sólido, sobre a rocha (Mateus 7.24). Em Cristo, pela sua
misericórdia, Deus continua permitindo um raio de “sol sobre maus e bons e
chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5.45). Você pode começar hoje evitando piores
saldos. Ainda há salvação!
Rev. Márlon Hüther Antunes —
Maceió-AL, pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil - Artigo de 21 de
fevereiro de 2011.
Tenham
todos uma ótima sexta-feira.
Fiquem
com Deus.
Abraços,
MIX.
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