O que é o Azul?
Azul é o teu amor
Azul o teu amar
Azul a tua poesia
Azul da cor do mar.
Azuis são as tuas rosas
que colhes no teu jardim
Azul a tua amizade
azuis as tuas prosas
Azuis como jasmins
Azul a cor do mar
Azul é o teu olhar
Azul a lua que tu cantas
Azuis são teus versos
com cheiros de flor e de mar.
Azul
Olho o mar profundo
E para o céu também
Há tanto azul no mundo!
Isso me faz bem
Azul é minha cor
Tenho pensamentos azuis
Pra mim, anjos tem vestimentas azuis
Azul das baleias
Azul da cor dos olhos de alguém
Mas não posso esquecer
Que só me visto de azul também...
Azul, pode variar:
Celeste, marinho, não importa
O que importa é ser azul
A minha cor
A cor que está na minha alma
Tenho uma alma azulzinha
Como meus pensamentos de menina
Que virou mulher
Mas deixa um pezinho na infância
Coberta de azul...
(Fátima Abreu)
AZUL AZUL AZUL AVANTE
UNIDOS VAMOS COMPETIR
NOSSA FAMÍLIA É GIGANTE
PARA GANHAR É SÓ SE UNIR
SAUDAMOS NOSSO ADVERSÁRIO
QUE LUTE DE TODO O CORAÇÃO
MAS NO FINAL A ALEGRIA
É O AZUL NOVAMENTE CAMPEÃO
AZUL AZUL AZUL!!!
Tema: O Nosso Rei está Chegando (Mc 11.1-10)
Que o Espírito Santo nos ilumine para que possamos compreender e meditar sobre a sua santa Palavra. Amém.
Há aquela famosa frase: “Quem vive de passado é museu”. Esta frase precisa ser corrigida. Pois todos vivemos de passado. “Quem não tem passado não tem futuro”. O que não podemos é viver no passado.
Podemos tomar como exemplo o espelho retrovisor de um carro e a sua importância. Sem ele, teríamos que dirigir olhando pra trás e isto representa um grande risco. Ele nos auxilia a lembrarmos de onde viemos. Mas não podemos dirigir somente olhando para ele, o que é igualmente perigoso.
Estamos chegando ao final de mais um ano. Esta é a época de olharmos para trás, para analisarmos como foi o nosso ano. Os alunos estão na época das provas, onde estudam a matéria que foi passada durante o ano. Os funcionários das empresas têm de apresentar um relatório sobre as tarefas realizadas durante o ano. Nesta época todos olham para trás, verificam se o trabalho foi ou não produtivo e planejam assim melhoras para o próximo ano.
Neste domingo dia 27 de novembro iniciamos mais um período de Advento, o ano Novo do calendário da Igreja Cristã. Esta é a época também na Igreja que lembramos de um fato importante do passado, e que é projetado para o tempo presente e para o futuro.
O Advento vem repleto de expectativas, pois lembramos tanto a primeira vinda de Jesus em carne na estrebaria de Belém, como a sua vinda contínua, diária na Palavra e nos Sacramentos, Batismo e Santa Ceia, e, principalmente, a sua vinda gloriosa no final dos tempos!
O texto de nosso evangelho relata a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. O povo também estava olhando para trás e lembrando das promessas de Deus que enviaria um novo rei, o messias, que libertaria o povo da sua opressão. Era uma cena muito feliz. Notamos o entusiasmo dos discípulos, a multidão gritando e louvando ao Senhor.
Poderíamos dizer: Que chegada maravilhosa! E, para se cumprir a promessa, Jesus vem montado num jumentinho. Promessa esta que encontramos em Zc 9.9 “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta ó filha de Jerusalém, eis que vem aí teu rei, justo e salvador, humilde, montado num jumento, num jumentinho, cria de jumenta”.
Um animalzinho que nunca antes havia sido montado acolheu Jesus em seu lombo e, tranquilo caminhava em meio da grande multidão. Conhecedores da profecia de Zacarias gritavam: “Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!”. Um cântico para aclamar um rei que estava chegando, vindo em nome de Deus. Palavras tão profundas que, provavelmente, nem foram totalmente entendidas pelos que lá estavam, até pelos que as diziam. O Rei da glória veio para o Seu povo. Entrou na cidade que representava o próprio povo de Deus.
Em torno de Jesus havia muita polêmica: alguns o consideravam profeta ou milagreiro, outros o achavam um enganador e perturbador da ordem pública. Alguns admitiam que Ele pudesse ser o Messias, o tão esperado Salvador.
O povo de Israel esperava um libertador, mas não como Jesus era, esperavam um libertador político. Pensava que este os livraria do poder do império romano, da época, por isso receberam Jesus com tanto entusiasmo.
Porém, o que aconteceu? Jesus que vem humilde e pobre não conduziria o povo a nenhuma mudança política. Não era guerreiro, nem conquistador em cavalo de combate, era um rei pacifico, um príncipe da paz, e o povo se decepciona.
Neste primeiro domingo de advento a igreja comunica a chegada de Jesus, o senhor, a rocha firme, o reis dos reis, o príncipe da paz. Aquele que Deus aposta no amor. A “arma” de Cristo era a sua palavra, seus gestos, suas atitudes. Seus interesses eram de Deus. Jesus sempre deixou bem claro que não vinha para destruir, mas para construir com o poder do amor verdadeiro.
Hoje muitos esperam Jesus, com entusiasmo, e enchem igrejas, porém com expectativas equivocadas: De serem curados, de não adoecerem mais, de prosperarem, de não terem mais problemas... Esquecem que o próprio Jesus disse: “no mundo passais por aflições...” E com isso se decepcionam com Jesus e com a igreja. Esquecem que Jesus termina o versículo dizendo: “Mas tende bom ânimo eu venci o mundo”
Jesus aqui comunica a vida e, através do correto ensino de sua palavra, nos dá a certeza do perdão, da salvação, do amor, da esperança de estarmos com ele aqui e na eternidade.
O evangelho precisa ser compreendido, e a verdadeira comunicação é através do amor, colocado em prática no nosso testemunho cristão, na nossa vida diária. É na nossa vida que o evangelho se mostra presente, nas nossas ações, nas nossas atitudes, nós cristãos somos enviados para o mundo.
É por meio de cada um de nós que Jesus continua entrando nas grandes e pequenas cidades, nas comunidades pobres e ricas, nas vielas e nas avenidas, no interior, nos lares e na vida das pessoas.
Infelizmente muitas pessoas não percebem, e acabam não aproveitando a oportunidade, não esperam o rei e senhor que vem. Jesus lamenta! Lamenta por que aquele que não espera no Senhor, que vive no mundo e será destruído para sempre.
A vinda do Rei Jesus, Justo e Salvador, é uma mensagem de vida e esperança. O Jesus montado num jumentinho é a prova concreta de que as promessas de Deus se cumprem. Lá está alguém que encarna a misericórdia de Deus, alguém que não só anuncia Paz, mas que, efetivamente, confere PAZ aos homens! (Lc 2.14). Essa é a "boa nova de grande alegria. Alegria para todo o povo" (Lc 2.10). É essa a mensagem do Advento. É a mensagem que, como Igreja Cristã, precisamos anunciar para todos os povos e nações do mundo inteiro. Esse Rei que aí vem é Bendito! Bendito porque vem em NOME DO SENHOR! Bendito porque vem para reconciliar Deus com os homens. Vem para anunciar paz tanto para os que estão perto como para aqueles que estão longe de Deus, por intermédio da cruz. E é do alto da cruz que o Rei vitorioso brada a plenos pulmões: "Está consumado!" (Jo 19.30). E na manhã de Páscoa já não mais se vê um Rei humilde, aparentemente derrotado e morto, mas sim um REI VITORIOSO e GLORIOSO, o meu e o seu Salvador.
Assim meus queridos, o rei está chegando, o verdadeiro profeta, o messias salvador encontrar a porta do seu coração aberta, para fazer com que você cante já e aqui, juntos com os fieis: Hosana ao filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do senhor! Hosana nas maiores alturas!
O natal está às portas, convém que cada um de nós espere, espere não por ser um simples feriado, para compartilhar presentes, para reencontrar familiares, isto também, mas muito mais, para esperar por algo muito mais sublime, se alegrar com a noticia: Hoje vos nasceu o salvador!
Prepara o teu coração, abre suas portas e permite que o menino Jesus faça dele, o seu berço, e te encha de paz e felicidade. E assim terás o perdão dos seus pecados, junto disso uma consciência tranquila, e então fortalecerá cada vez mais a sua esperança na ressurreição, para a vida eterna, com Deus.
Este é o salvador que aguardamos aquele que nos dá uma vida completa, perfeita, não aqui neste mundo, onde ainda somos ao mesmo tempo justos e pecadores, e sofremos as consequências do pecado, mas no novo céu e nova terra, que Deus tem preparado para cada um de nós seus filhos. Como diz um hino de nosso cancioneiro: Nós estamos no mundo, mas dele não somos; aqui nós vivemos distantes do lar, a nossa morada de paz se reveste, e a pátria celeste é o nosso lugar.
Estimada Congregação, a Igreja Cristã em todo o mundo celebra hoje o 1º domingo no Advento. Estamos celebrando, portanto, um novo começo! É disso que falamos hoje. Um novo começo para lembrar, mais uma vez, o que Deus fez por todos nós! Estamos nos aproximando, mais uma vez, do Natal, a festa do nascimento do Salvador Jesus. São apenas algumas semanas durante as quais, de modo especial, consideramos a nossa condição de pecadores perdidos e as maravilhosas promessas de salvação do nosso Deus. Voltamos no tempo e olhamos para trás, para o ONTEM. Não havia esperança para a humanidade por causa do pecado. Mas Deus prometeu um Salvador. No tempo certo, Deus cumpriu a promessa. Nasceu o Salvador.
No entanto, o anúncio de Deus não se limita a um fato histórico do passado. Da mesma forma, nossa espera não está relacionada apenas a um fato histórico do passado. O Salvador que veio em forma humana continua vindo ao nosso encontro hoje. Ele prometeu que onde estivéssemos reunidos em Seu nome – em torno de Sua Palavra – Ele estaria presente. Ele prometeu que através do pão e do vinho na Santa Ceia nós recebemos o Seu corpo e sangue, para perdão dos pecados e novo ânimo para a vida diária. Ele prometeu que quem nele crer não morre, mas passa da morte para a vida.
Este é o Rei que entrou em Jerusalém montado em um jumentinho. Não é um rei, mas é O REI. Não é um rei terreno, que deseja ser servido, mas O REI GLORIOSO E SALVADOR, que se humilhou nascendo de uma virgem, e veio para servir, para entregar a Sua vida, a fim de que eu e você tivéssemos vida, a vida que nunca termina. Amém!
Tenham todos uma ótima segunda-feira.
Fiquem com Deus.
MIX.
“É engano afirmar que vida cristã neste mundo é gloriosa. Não foi isso que Cristo prometeu! Ao contrário, trata-se de uma caminhada cheia de ciladas e pedras de tropeço. Mas, em compensação, o Senhor faz uma promessa: ‘Quem ficar firme até o fim será salvo’(Mc 13.13b).”
(Castelo Forte/07-02-05)
Tenha uma ótima terça-feira.
Fiquem com Deus.
Abraços, MIX.
Leiam a passagem de Mateus 6.24-34.
“O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso. Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas.” (Mt 6.33)
Estimados irmãos e irmãs, vivemos num mundo agitado e que ao mesmo tempo incentiva a nossa ansiedade. Preocupações com o dia de amanhã surgem naturalmente, tais como: pagar contas, manter-se no emprego, questões financeiras relativas ao futuro da família, o estudo e tantas outras. Ninguém pode negar, acredito eu, que pelo menos algumas delas estiveram ou estão presentes no nossa vida. Mas será que nós podemos nos preocupar com essas coisas?
Jesus nos diz: “Não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para vestir.”
Aí nós pensamos: “Poxa, mas será que eu não posso mais nem me preocupar com a comida, com a bebida ou com a minha roupa? Eu preciso destas coisas para viver.” E agora, será que estamos certos ou errados?
Fui procurar no dicionário Aurélio qual o real significado da palavra “preocupação”: “ideia fixa e antecipada que perturba o espírito a ponto de produzir sofrimento moral”, também é um “pensamento dominante, que se sobrepõe a qualquer outro”. Ou seja, a preocupação não é algo bom. Por isto Jesus nos diz para não nos preocuparmos com estas coisas.
A necessidade da vida e do corpo exige que tenhamos alimento e roupas. E procurar adquirir estas coisas não é pecado. Porém, o pecado consiste na preocupação por essas coisas, isto é, colocar nelas o consolo e a confiança do coração. Isto faz com que nos apeguemos a estas coisas e coloquemos a confiança em Deus de lado. Pois nós não podemos servir a dois senhores. Ou nós seremos fiéis a Deus, ou seremos fiéis as coisas do mundo.
A preocupação exagerada surge justamente naqueles que esquecem que têm um Pai generoso, que olha e vela pelos seus filhos. Diante das preocupações Jesus nos convida a olharmos a natureza. E nos traz dois belíssimos exemplos:
Primeiro, Ele nos convida a olharmos os passarinhos no céu. Estes são nossos mestres e professores, pois eles vivem sem qualquer preocupação e esperam seu alimento somente da mão de Deus. E por isso, eles vivem cantando, clamando aos céus o louvor de Deus. Ora, se os pássaros dominam a arte de esperar de Deus o seu alimento e de lançar sobre ele suas preocupações, nós que somos seus filhos, o que deveríamos fazer? É como se Jesus dissesse: Tu homem racional, não aprende mesmo, tem de aprender com um frágil passarinho a confiar em Deus.
Quando nos preocupamos com estas coisas, nós acabamos esquecendo quem realmente nos sustenta. Pois se Deus é tão bondoso a ponto de entregar o seu único filho a morrer por nós, ele não seria capaz também de dar o sustento para nossa vida?
Deus é Pai, ele é um pai amoroso que cuida de seus filhos. E assim como um filho se joga nos braços de seu pai, assim também nós podemos confiar plenamente que Deus está cuidando de nós e que vamos receber dele tudo o que necessitamos.
No segundo exemplo, Jesus nos convida a apreciarmos as flores do campo. Aí temos mais um exemplo e outra comparação, na qual as flores no campo, que são pisadas e comidas pelo gado, têm que servir-nos como doutores e mestres. Vê como elas crescem tão coloridas. No entanto, nenhuma delas está preocupada ou apreensiva com o seu crescimento ou com as cores que haverá de ter. Isso elas deixam nas mãos de Deus. E sem qualquer preocupação e contribuição, Deus as veste com cores tão belas e amáveis que Jesus diz que nem Salomão com todo o seu esplendor era tão bonito como uma delas. Então, se Deus veste tão maravilhosamente uma florzinha, porque não podemos confiar que ele também irá nos vestir?
Pois nós somos a sua criatura mais sublime, por amor da qual criou todas as coisas, dando-nos tudo – nós lhe somos tão importantes que essa vida não será o nosso fim, mas, depois dessa vida, ele nos quer dar a vida eterna.
O versículo 33 orienta o cristão: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça”. A segurança de um cristão está nas mãos de Deus e num Deus que é um Pai amoroso.
No Pai-Nosso, Cristo nos ensina primeiro a pedir; “Venha o teu reino” e somente depois: “o pão nosso de cada dá-nos hoje”. Em primeiro lugar está o Reino de Deus e um cristão deve desejar por primeiro e acima de tudo que a vitória de Deus sobre o mal se complete e a sua justiça seja instaurada, ou seja, os padrões da justiça de Deus sejam aceitos por todos. Tendo isto, todo o resto será acrescentado e não faltará a providência divina para o cristão.
Podemos lembrar aqui a explicação que Lutero escreve no Catecismo Menor sobre o primeiro artigo do Credo Apostólico, onde podemos destacar a questão da compaixão e da bondade de Deus. Deus deu tudo o que temos, tanto coisas materiais: corpo, olhos, ouvidos; como espirituais: alma, razão. Também nos providência tudo aquilo que necessitamos: comida, roupa, casa; protegendo-nos de todos os perigos. E ainda, destaco o agradecimento e o louvor que um cristão presta a Deus por tudo isso.
Lutero, desta forma destaca a confiança e o agradecimento que um cristão expressa a Deus. Por fim, não poderíamos esquecer de mencionar a maior preocupação que Deus teve com o ser humano decaído pelo pecado, enviando o seu Filho para nos redimir.
Deus, poderia tranquilamente diante da sua justiça, nos abandonar e seríamos dignos da condenação por causa do nosso pecado. Mas Deus, na sua bondade resgata o ser humano e lhe dá a vida eterna, de forma gratuita e bondosamente, pois se a nossa salvação dependesse de nós, estaríamos sempre preocupados e intranquilos, pois nunca teríamos esta certeza que temos através da fé despertada em nós pela ação do Espírito Santo. Cristo garantiu a todos nós a salvação por sua morte redentora na cruz. A nossa dívida por causa do nosso pecado, está paga, restando a nós confiar em Deus, pois sabemos que, como um Pai amoroso e bondoso, não deixará que falte algo do necessário para a nossa sobrevivência.
Assim, prestemos o nosso louvor e agradecimento a Deus por tudo isso, pois, Ele nunca se esquece de nós.
A paz de Deus que excede todo o humano entendimento, guardará os nossos corações e as nossas mentes em Cristo Jesus. Amém.
Tenham todos uma ótima semana.
Fiquem com Jesus.
MIX.
“Um amor verdadeiro acontece por acaso… E eles tomam tempo, paciência e duas pessoas que realmente querem estar juntas.” (Ultima Memória)
Tenham todos uma ótima terça-feira... fiquem com Deus.
Abraços, MIX.
Instabilidade e segurança
“Aplique o seu dinheiro em vários lugares e em negócios diferentes porque você não sabe que crise poderá acontecer no mundo”. Seria apenas um conselho na atual crise econômica se não estivesse no livro bíblico de Eclesiastes. O que se vê nas capas dos jornais é história repetida, com primeira edição quando o Criador anunciou ao provedor do lar o fruto da desobediência: “a terra lhe dará mato e espinhos, você terá de trabalhar no pesado e suar para fazer com que ela produza algum alimento, até que você volte à terra”. Barak Obama sente na carne a maldição de Gênesis igual a qualquer pai. Mas as instabilidades da vida, a exemplo da bolsa de valores, são a coisa mais certa. Hoje temos dinheiro, amanhã podemos estar pobres, hoje temos saúde, amanhã podemos estar doentes, hoje estamos vivos, amanhã podemos estar mortos... O que será daqui um minuto, uma hora? E se a crise bater a minha porta? Estou preparado sem cair no desespero?
A instabilidade, no entanto, sempre tem efeitos positivos num mundo que precisa rever os seus conceitos de valor, sobretudo em relação ao Deus, denominado insistentemente pelas Escrituras de Eterno e Verdadeiro. O rei Davi já alertava: “Ainda que as suas riquezas aumentem, não confiem nelas” (Salmo 62). Por isto a oração dele: “Não me deixes ficar nem rico nem pobre. Porque se tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome (Provérbios 30). Mesmo com toda a prosperidade, ele confessou no Salmo 144 que Deus é a rocha e confia na proteção dele.
Diante disto, só resta o caminho indicado por Jesus: “Não fiquem preocupados com o dia de amanhã”. Não no sentido da irresponsabilidade, mas quanto à primordial ocupação, e que prepara para as desventuras terrenas. Uma fé que tem promessa: Ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e a vontade dele, e ele lhes dará todas as outras coisas (Mateus 6).
Rev. Marcos Schmidt é pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil em Novo Hamburgo-RS
Tenham todos uma ótima semana.
Fiquem com Deus.
MIX.
"Crescer não é evoluir, crescer é ficar maior. Evoluir é ficar melhor."
Tenham todos uma ótima terça.
Fiquem com Deus.
MIX.
Tema: Esperando prudentemente com fé a vinda de Cristo - Mt 25.1-13: A parábola das dez moças.
Nos últimos dias temos acompanhado muitas notícias sobre o fim do mundo. Muitas pessoas querendo adivinhar a data que o mundo acabará. Os maias calculam que o fim do mundo está marcado para o dia 21 de dezembro do ano que vem. Já há até mesmo pregadores evangélicos, que tentam prever qual será o dia do julgamento. O pastor Harold Camping, pertencente a uma rede religiosa chamada Family Network, disse que a segunda vinda de Cristo, o dia do juízo, seria no dia 21 do mês passado (outubro).
Porém o próprio Jesus disse: “Mas ninguém sabe o dia nem a hora em que tudo isto vai acontecer, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.” (Mc 13.32) Também em 2 Pe 3.10 lemos que o “Dia do Senhor chegará como um ladrão”. Ou seja, a segunda vinda do Senhor, será em um dia desconhecido pelo homem, num dia que talvez a gente menos espera.
Por isso Jesus diz: “Portanto, fiquem vigiando porque vocês não sabem qual será o dia e a hora.” Jesus no evangelho de hoje nos ajuda a prepararmo-nos para este dia. A parábola das dez moças nos ilustra e incentiva a estarmos sempre alertas e vigilantes, esperando prudentemente com fé a sua segunda vinda.
O texto do Evangelho de hoje é uma parábola de Jesus que fala de um tempo de espera. Jesus para falar desta espera, usa a ilustração de dez moças que estão a espera do noivo, para a festa de casamento.
E uma das primeiras coisas que chama a nossa atenção no texto, é que existe diferença entre o esperar.
Jesus apresenta de um lado, as moças sem juízo, tolas, não preparadas para esperar, e de outro, as moças ajuizadas, prudentes, que estão preparadas para esperar até o momento em que o noivo chegar.
Sem dúvida Jesus está se referindo à espera do povo para o dia de sua volta. É a espera para a festa da eternidade.
Olhando para os dois modelos de espera na parábola, lembramos que nem todas as pessoas esperam o Salvador Jesus de maneira correta. Nem sempre as pessoas estão com as lâmpadas acesas, e com o azeite necessário.
Mas em que consiste o esperar corretamente? É esperar prudentemente de modo que as nossas lâmpadas não se apaguem. É ter o azeite necessário para esperar firmemente até quando o noivo chegar.
A parábola fala de cinco moças prudentes que esperaram corretamente, elas se preocuparam em levar um suprimento de azeite, pois provavelmente conhecedoras dos costumes da época, podiam prever que o noivo iria tardar, ou seja, demorasse bastante. Isto era algo bastante normal naquela época.
Na época de Cristo, o costume era o noivo ir na casa da noiva para buscá-la e levá-la para a sua casa. Acontecia uma procissão, pois amigos do noivo e amigas da noiva os acompanhavam. Esta procissão era noturna. Isto explica a questão das lâmpadas.
Assim, de certa forma, podemos comparar as lâmpadas como sendo a nossa fé no Salvador Jesus. Enquanto a fé em Jesus estiver acesa em nós, estamos preparados. Através da fé recebemos os méritos que Cristo nos conquistou na cruz. A salvação assim é um dom que Deus concede na sua bondade e misericórdia a todos os que creem em Jesus como Filho de Deus e Salvador, ou seja, não rejeitam a ação do Espírito Santo nos seus corações.
A fé não é algo mágico, mas um dom e como qualquer dom, se não for bem cuidado, ela pode ser perdida. Mas Deus, na sua bondade, providenciou para que isto não acontecesse, ou seja, Ele mesmo deu o necessário para que a fé seja fortalecida e fortificada.
Então, assim como as lâmpadas, a fé também precisa ser constantemente abastecida pelo azeite espiritual.
Qual é esse azeite espiritual? É o que próprio Deus nos oferece. A saber, a sua Santa Palavra e os Sacramentos.
Deus providenciou para que a humanidade tivesse a sua Palavra escrita. Providenciou também pessoas com capacidades para que traduzissem a Palavra para que todos os povos tivessem acesso a mensagem salvadora. A pregação da Palavra é um dos meios para fortalecer a nossa frágil fé.
Mas lembremos que o ensino da palavra de Deus não ocorre somente nos cultos, mas também nos estudos bíblicos, onde podemos diretamente tirar nossas dúvidas a respeito do Evangelho, da salvação e de muitos outros assuntos que dizem respeito a nossa fé. Não percamos esta excelente oportunidade de crescermos na fé e também na comunhão com nossos irmãos.
Junto com o ouvir da Palavra, está outro presente de Deus para todos os crentes: o Sacramento do Altar. Jesus instituiu a Santa Ceia para que os cristãos pudessem fortificar e fortalecer a sua fé, tanto que Lutero assim fala da Santa Ceia: “mas verdadeiramente digno e bem preparado é aquele que tem fé nestas palavras: “Dado e derramado em favor de vós para remissão dos pecados”.
A Santa Ceia é para os crentes. É um meio que Deus nos deu para estarmos preparados para o encontro derradeiro ou para a segunda vinda de Cristo. Portanto desprezá-la ou ficar adiando a participação também é não levar a sério a preparação para o encontro com Cristo, o Juiz dos vivos e mortos.
Com este preparo: o ouvir da Palavra através dos cultos, dos estudos bíblicos, a participação no Sacramento do Altar, o cristão vive o seu dia-a-dia tranquilamente. Não há o que temer, pois como as cinco moças ajuizadas, têm a sua vasilha cheias de azeite. Deus deixou estes meios para nós usarmos, pois Ele nos quer junto de si por toda a eternidade.
Estar preparado é desta maneira ter toda a atenção voltada para o nosso relacionamento com Cristo. Ele é o noivo, que pode estar tardando a vir, mas a vinda é algo seguro e certo e, como Jesus ilustra na parábola das dez moças, somente os que estiverem preparados para este momento entrarão para a festa eterna junto de Deus.
Com este azeite espiritual Deus faz com que nós esperemos prudentemente o nosso Salvador. Com este azeite que o próprio Deus oferece temos a certeza de que seremos recebidos por Cristo nas bodas.
E que bom que é assim. Nós não temos em nós qualquer tipo de azeite que possa produzir a chama da fé. Somos por natureza completamente néscios e despreparados para esperar o dia em que o noivo Jesus voltar. Lutero diz: “não posso por minha própria razão ou força crer em Jesus nem vir a Ele”.
O ser humano em sua natureza não gosta de esperar, é como as moças desajuizadas, que talvez mesmo sabendo que teriam de esperar não se prepararam. Queriam que o noivo viesse logo.
O ser humano não gosta de esperar, por exemplo: se o ônibus que pega diariamente se atrasa por alguns minutos ou se o trânsito está congestionado você ouve reclamação por tudo que é lado. A espera parece que se torna angustiante.
Por isso talvez que muitos tentam prever a data do fim do mundo. Estão cansados de esperar, ou talvez já perderam a esperança, vivem uma vida que podemos dizer “infeliz”. Uma vida sem Deus, sem a certeza da salvação e da vida eterna. Uma vida que já não tem mais a luz de suas lâmpadas acesas, ou seja, está é uma vida na escuridão.
Por isso, esperar com as lâmpadas acesas é o grande alerta de nosso texto. Que bom que Deus nos dá essa condição e oferece o necessário, através dos meios da graça.
Jesus enfatizou muito a questão de esperar prudentemente, tanto que temos vários outros textos que se relacionam com o assunto. A parábola do servo vigilante de Lucas 12.35ss, Mt 24, que também enfatiza o estar vigilante e preparado. Os muitos exemplos mostram a seriedade do assunto. É a alma de muitas pessoas que está em jogo.
O versículo 12 do evangelho de hoje nos diz qual será a atitude de Cristo para com as pessoas que não permanecem vigilantes, negligenciam a fé e pouco se preparam para o encontro com Ele, confiando assim em doutrinas humanas: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu não sei quem são vocês”. São palavras duras, mas que Cristo dirá a todos aqueles que não levam a sério os seus ensinamentos e que pouco se preocupam em crescer na fé, fazendo pouco caso dos meios da graça, o azeite espiritual.
Isso acontece quando muitas vezes achamos que só o culto é necessário. E algumas dessas pessoas ainda continuam a frequentar os bancos da Igreja, a virem aos cultos, a participar todas as vezes que há alguma celebração. Mas elas vivem apenas um culto simbólico, de aparência, a exemplo do que acontecia com o Povo de Israel relatado no livro de Amós. Estão dentro da Igreja apenas para dizerem que participam de um grupo na sociedade, e assim serem bem vistos perante as outras pessoas. É simplesmente um jogo de interesse para se beneficiar.
O apóstolo Paulo também alerta para a necessidade de vigilância quando escreve aos tessalonicenses: “Por isso não vamos ficar dormindo, como os outros, mas vamos estar acordados e em nosso perfeito juízo.” (1 Ts 5.6)
E assim como o apóstolo, nós também podemos anunciar essa necessidade de vigilância e ao mesmo tempo mostrar o que as pessoas precisam para serem recebidas por Cristo nas bodas eternas.
Jesus não nos disse o dia, nem a hora em que voltará, mas apenas nos disse para que ficássemos vigilantes e constantemente preparados.
As pessoas vivem em um momento de espera. Cada um tem as suas necessidades particulares. Alguns esperam que os dias melhorem, que a sua família vá bem, que tenham saúde, dinheiro, felicidade, trabalho.
A maior espera de todos os cristãos é que o noivo Jesus volte logo e que Ele os encontre vigilantes.
Conta-se uma história de um garoto chamado Antônio: Antônio jogou seus tênis no canto. Seu rosto mostrava uma expressão de desespero e tristeza. Acontece que a mãe de Antônio estava longe de casa num hospital especial, em busca de cura para uma doença grave.
As últimas notícias que Antônio havia recebido de sua mãe diziam ela estava melhor de saúde, mas ainda poderia demorar uns quatro ou cinco meses para voltar para casa. Como Antônio poderia esperar ainda tanto tempo? O que poderia fazer para que o tempo passasse mais depressa?
Em casa, o irmão mais velho de Antônio havia preparado um lanche gostoso e uma bonita surpresa. Junto ao prato do lanche, havia uma carta. Antônio reconheceu logo que era uma carta da sua mãe. Leu a carta rapidamente e repetiu a leitura mais uma vez com calma.
Nos dias seguintes, Antônio voltava a ler a carta sempre de novo. Gostou das notícias da mãe. Ela esperava que Antônio se dedicasse aos estudos com muito esforço.
Antônio teve uma ideia. Estudaria mais do que nunca. Quando a mãe voltasse para casa, ele poderia mostrar-lhe os bons resultados obtidos na escola. A mãe ficaria contente! Antônio ficou mais animado, sabendo que estaria se ocupando com uma atividade que traria alegria à sua mãe.
Jesus prometeu voltar à terra um dia. Não sabemos quando isso acontecerá. Parece muito para a gente esperar por certos acontecimentos. As vezes ficamos desanimados com o tempo de espera e nos esquecemos que Jesus nos deixou coisas importantes para fazer enquanto esperamos.
Assim como Antônio lia a carta da sua mãe todos os dias, nós podemos ler a carta de Deus, a Bíblia. Ela nos conforta, fortalece a esperança e nos dá certeza que Jesus nos ama e nos segura em seus braços.
Que Deus Espírito Santo nos ajude para que esperemos prudentemente o nosso Salvador, mantendo as lâmpadas acesas e vigiando constantemente. Amém
